A Greve e o Sindicalismo
Estava a escrever um comentário ao último post do Vitor Pina, mas este adensou-se e estendeu-se, resolvi por isso, publicá-lo como um post, até para permitir inserir mais alguns tópicos na discussão.
Começo então pelas organizações Sindicais que são entidades que representam os trabalhadores possuindo vários direitos associados à negociação colectiva e o tão falado direito à greve. Em primeiro lugar os Sindicatos defendem os trabalhadores que representam garantindo uma negociação colectiva com a entidade patronal exigindo melhores condições de trabalho ou o cumprimento de deveres em falta por parte desta para com os trabalhadores.
Tal como o Conselho Fiscal existe para fiscalizar as contas de uma entidade, os Sindicatos existem (e têm que existir) para exigir e realçar o cumprimento de todos os direitos dos trabalhadores... Para tal munem-se de instrumentos que permitam afirmar as suas posições, dos quais a greve é uma das últimas formas de "luta" utilizada para fazerem valer o seu fraco peso negocial perante a entidade patronal (seja ela pública ou privada).
Por vezes estas organizações valem-se (na ânsia de obterem mais adesão e peso) de truques como a marcação de greves à sexta-feira ou na véspera de feriados...
Não vejo qualquer mal nisso, pois sempre que achei justo fiz greve (algumas vezes não tendo implicações directas com a minha situação) fosse à 2ª, 3ª, 4ª ou mesmo 5ª, como no ano passado que a greve dos professores foi repartida por três dias de exame (tendo a Srª Ministra convocado serviços mínimos!! Que não existem para a Educação Lei da Greve [Art. 8º]... Mas isto dava pano para mangas...)
Se por razões históricas se associam as greves à Administração Pública é porque o ambiente do "capitalismo selvagem" (onde é que eu já ouvi isto?!) e falta de responsabilidade civil e social, por parte da maioria dos empresários, é propício ao síndrome do "Mais vale este emprego que nenhum", não permitindo que todos os trabalhadores encetem formas abertas de luta e de reivindicação de melhores condições de trabalho, com receio de futuras represálias.
E as greves são importantes isto: reinvindicar melhores condições de trabalho.
Se nós trabalhamos tão bem por X € por mês, para quê aumentarem-nos o salário? Aliás como os tempos são de crise, se a entidade patronal quiser cortar alguns direitos devemos aceitar cegamente fazer esse sacrifício.
Penso que se as opções governativas incluíssem, por exemplo, a eliminação do horário normal de trabalho, abolindo horas extra e trabalho nocturno, todos os trabalhadores (privados e públicos) estariam do mesmo lado a fazer não um, mas cinco dias de greve: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª!!!
PS:
Já agora, se alguém estiver interessado em saber a justificação sobre a marcação da greve para o passado dia 14 de Junho poder ver aqui (pontos 5 e 6).
Começo então pelas organizações Sindicais que são entidades que representam os trabalhadores possuindo vários direitos associados à negociação colectiva e o tão falado direito à greve. Em primeiro lugar os Sindicatos defendem os trabalhadores que representam garantindo uma negociação colectiva com a entidade patronal exigindo melhores condições de trabalho ou o cumprimento de deveres em falta por parte desta para com os trabalhadores.
Tal como o Conselho Fiscal existe para fiscalizar as contas de uma entidade, os Sindicatos existem (e têm que existir) para exigir e realçar o cumprimento de todos os direitos dos trabalhadores... Para tal munem-se de instrumentos que permitam afirmar as suas posições, dos quais a greve é uma das últimas formas de "luta" utilizada para fazerem valer o seu fraco peso negocial perante a entidade patronal (seja ela pública ou privada).
Por vezes estas organizações valem-se (na ânsia de obterem mais adesão e peso) de truques como a marcação de greves à sexta-feira ou na véspera de feriados...
Não vejo qualquer mal nisso, pois sempre que achei justo fiz greve (algumas vezes não tendo implicações directas com a minha situação) fosse à 2ª, 3ª, 4ª ou mesmo 5ª, como no ano passado que a greve dos professores foi repartida por três dias de exame (tendo a Srª Ministra convocado serviços mínimos!! Que não existem para a Educação Lei da Greve [Art. 8º]... Mas isto dava pano para mangas...)
Se por razões históricas se associam as greves à Administração Pública é porque o ambiente do "capitalismo selvagem" (onde é que eu já ouvi isto?!) e falta de responsabilidade civil e social, por parte da maioria dos empresários, é propício ao síndrome do "Mais vale este emprego que nenhum", não permitindo que todos os trabalhadores encetem formas abertas de luta e de reivindicação de melhores condições de trabalho, com receio de futuras represálias.
E as greves são importantes isto: reinvindicar melhores condições de trabalho.
Se nós trabalhamos tão bem por X € por mês, para quê aumentarem-nos o salário? Aliás como os tempos são de crise, se a entidade patronal quiser cortar alguns direitos devemos aceitar cegamente fazer esse sacrifício.
Penso que se as opções governativas incluíssem, por exemplo, a eliminação do horário normal de trabalho, abolindo horas extra e trabalho nocturno, todos os trabalhadores (privados e públicos) estariam do mesmo lado a fazer não um, mas cinco dias de greve: 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª!!!
PS:
Já agora, se alguém estiver interessado em saber a justificação sobre a marcação da greve para o passado dia 14 de Junho poder ver aqui (pontos 5 e 6).