http://www.makepovertyhistory.org estigma2005: abril 2006

sábado, abril 29 

Subjectivação... Animalização... Consciencialização...


Aceitam-se comentários...
A arte é de Naoto Hattori,

quinta-feira, abril 27 

Tool... Lateralus... 10,000 Days


Tendo em conta a sua próxima passagem por Portugal no próximo dia 26 de Maio, juntamente com Deftones, Placebo e Alice In Chains (Super Bock Super Rock, 38 euros o bilhete), importa para o autor uma breve introspectiva acerca de um dos melhores álbuns, de uma das melhores bandas. Atenção, reflete-se a opinião pessoal do autor e aceitam-se críticas, desde que construtivas...
Som orientado pelas batidas de Danny Carey, pela voz de Maynard James Keenan, intimamente acompanhada pela guitarra de Adam Jones e pelos graves destroçantes de Justin Justin Chancellor. Estes são os quatro vértices de Lateralus... Em Janeiro de 2001, correu um rumor, após cinco anos de inactividade (deste Ænima) de um novo álbum chamado Systema Encéphale, que deu origem a uma enormidade de falsas canções disponibilizadas em sistemas de partilha de ficheiros como o Napster. Os membros da banda eram , na mesma altura, extremamente críticos destes sistemas de partilha de ficheiros, devido ao impacto negativo que tinham sobre os pequenos artistas que dependem extremamente das vendas dos seus discos para continuarem as suas carreiras:

"I think there are a lot of other industries out there that might deserve being destroyed. The ones who get hurt by MP3s are not so much companies or the business, but the artists, people who are trying to write songs." (Keenan)

Um mês depois, foi revelado que o novo álbum se chamaria Lateralus e que as notícias relativamente a Systema Encéphale tinham sido um engodo contra as revistas de música e websites comerciais. O álbum tornou-se num sucesso, atingindo o #1 no Billboard Top 200 em 02/06/2001.

Tracklisting
01. The Grudge – 8:36
02. Eon Blue Apocalypse – 1:04
03. The Patient – 7:13
04. Mantra – 1:12
05. Schism – 6:47
06. Parabol – 3:04
07. Parabola – 6:03
08. Ticks & Leeches – 8:10
09. Lateralus – 9:24
10. Disposition – 4:46
11. Reflection – 11:07
12. Triad – 8:46
13. Faaip De Oaid – 2:39

Alguns fãs encontraram ordens alternativas para ouvir o álbum. Assim, temos as seguintes opções:
1,2,3,5,8,13,4,6,7,9,10,11,12 ("The Fibonacci Sequence")
6,7,5,8,4,9,3,10,2,11,1,12,13 ("The Lateralus Prophecy")
6,7,5,8,4,9,13,1,12,2,11,3,10 ("The Holy Gift")
Já experimentei uma delas e devo acrescentar que funciona...

É de salientar que a capa do álbum foi concebida por Alex Grey, e consiste na representação de diversas camadas do corpo humano, incluindo uma representação espiritual do vranja, a sebedoria transcendental do iluminismo ou a união com o divino.

Críticas ao álbum
As críticas a este álbum podem ser encontradas aqui:
AMG
Q
Rolling Stone

Fontes
http://en.wikipedia.org/wiki/Tool_(band)
http://en.wikipedia.org/wiki/Lateralus

Quanto ao novo álbum, com data prevista de saída para o dia 2 de Maio, 10,000 Days, devo confessar que já tive acesso ao seu conteúdo, através de meios menos lícitos de obtenção de ficheiros de música, mas penso desde já compensar esta minha pequena heresia com a aquisição do álbum no momento da sua saída... Quanto ao álbum, Lateralus parte 2? Ænima parte 3? Undertow parte 4? Opiate parte 5 e meio? Apenas Tool...

terça-feira, abril 25 

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Nos primeiros momentos do dia 25 de Abril de 2006 alguém se lembra de entoar os célebres versos de Luís de Camões ao ritmo da canção do José Mário Branco (1968)...

Porquê?

Esta canção fazia todo o sentido numa altura em que o povo se uniu contra a forma de governo estabelecida... Actualmente vivem-se outras vontades... De facto, tudo mudou e a união não existe... A sociedade esparsou-se e individualizou-se... O zé povinho tenta viver a sua vida em paz desleixando tudo o que foi conquistado com o 25 de Abril de 1974: liberdade para afirmar vontades e opiniões do povo...

Todos os sectores (menos os grandes interesses financeiros) da sociedade estão descontentes com o rumo do actual executivo: atacar o câncro que são os tribunais, polícias e demais funcionários públicos.

A situação económica actual não se deve ao zé povinho que foge aos impostos, não pede nem exige facturas e que ainda tenta roubar ou vigarizar o estado. Deve-se sim a quem negoceia contrapartidas financeiras (para fixar capitais e empresas concedem a redução de impostos que seriam de todos nós), a quem tem e utiliza na totalidade o subsídio de reintegração social (apesar de terem sempre mais um posto de administração numa empresa qualquer), a quem deveria trabalhar 4 vezes mais que um qualquer funcionário (após 2 mandatos = 10 anos na AR um deputado pode reformar-se com pensão por inteiro e ainda vai trabalhar num gabinete de advocacia e fazer valer os seus conhecimentos e favores granjeados) e que falta nos dias que lhe convém (inclusive quando é para desempenhar o trabalho para o qual foi eleito), a quem sobrecarrega todos os contribuintes de igual forma (quer a pequena percentagem de riquíssimos, quer o zé povinho dos trezentos), a quem vota útil (ou melhor fútil) e contribui para o marasmo em que caiu esta democrácia...

Vivemos uma crise de valores... Não económicos mas sim morais...

E novamente se canta para ver se é possível mudar o rumo das coisas:


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

segunda-feira, abril 17 

Já Nasceu...Já Nasceu....

Ainda hoje me lembro do anuncio televisivo de leite em que nascia uma vaquinha e aparecia um pequenote a gritar...Já nasceu....Já nasceu... Ai, a alegria do nascimento e as oportunidades que ele trás.

Isto tudo pra dizer que tenho um novo blog em http://something4yourmind.blogspot.com

O objectivo do meu novo blog não é mais do que partilhar um pouco das minhas reflecções e criticas a nivel produtos culturais (uns mais culturais do que outros). Este blog pretende ser tb uma forma de sempre que alguem esteja num dia... Ai e tal, n tenho nada pra fazer... poder ir recolher ideias e sugestões de coisitas pra ouvir, ver, cheirar, saborear e sentir.

Se vos apetecer algo prá alma, já sabem usem e abusem do meu blog.
Se não vos apetecer, o mundo continua igual....

domingo, abril 16 

What have I become?

I hurt myself today
To see if I still feel
I focus on the pain
the only thing that's real
The needle tears a hole
the old familiar sting
try to kill it all away
but I remember everything

What have I become?
My sweetest friend
Everyone I know
goes away in the end
You could have it all
My empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

I wear this crown of shit
upon my liar's chair
Full of broken thoughts
I cannot repair
Beneath the stains of time
the feelings disappear
You are someone else
I am still right here

What have I become?
my sweetest friend
Everyone I know
goes away in the end
You could have it all
my empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt

If I could start again
a million miles away
I would keep myself
I would find a way...

Nine Inch Nails, Hurt

terça-feira, abril 11 

CES

Em http://www.ces.uc.pt/ podem encontrar publicações do CES (Centro de Estudos Sociais) e de alguns dos seus membros, sendo o mais conhecido o Prof. Baventura de Sousa Santos.

Aproveitem para ler, é uma possível fonte de informação para, por exemplo, escrever em blogs.

 

A Páscoa chegou!

Das duas uma: ou a estrada estava mal feita ou mal sinalizada.

Toda a gente sabe que em alturas como o Páscoa os condutores são uns anjos, umas Barbies que seguem rigorosamente o código da estrada. Nunca um acidente poderia ser da culpa do condutor. Nem a Barbie escapa às nossas terríveis estradas...
Descansa em paz, Barbie.

sexta-feira, abril 7 

Testes de Orientação Politica II

Gostei tanto do post do razio, que decidi postar aqui os meus resultados. Acho que o razio omitiu um dos sistemas de orientação politica que eu já conhecia que é o political compass que já teve também uma versão portuguesa feita pelo jornal Público que podem encontrar aqui, mas que de momento não funciona, não sei bem porquê. De qualquer maneira fica a curiosidade.

O meu resultado no political compass:

Economic Left/Right: -3.75
Social Libertarian/Authoritarian: -4.82

Comparando os resultados com personalidades conhecidas parece que sou unha e carne com o Dalai Lama. Nunca tinha visto as coisas nesse prisma...






















































Agora no okCupid:

You are a
Social Liberal (66% permissive)
Economic Liberal (33% permissive)
You are best described as a:
Democrat
You exhibit a very well-developed sense of Right and Wrong and believe in economic fairness.






























Os outros dois sites sugeridos pelo razio acabei por não fazer os testes pois só se encontravam em francês e o meu francês anda bastante enferrujado.

Cumprimentos.

 

Testes de Orientação Política

Enquanto estava a desfolhar o grande blog semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2005/03/e_oficial_veio_1.html#comments
quando encontrei uns testes para definir a orientação política. É sempre interessante ver os resultados destes testes, apesar de serem fundamentalmente virados para um público diferente do português (principalmente o americano), para o qual algumas questões não fazem muito sentido .
http://www.okcupid.com/politics
http://www.politest.fr/
http://echange.ifrance.com/realistes/test1.htm

Os meus resultados no okcupid


Do Politest:[i]Vous vous situez tantôt à droite, tantôt à gauche selon les thèmes abordés.
Les partis dont vous êtes le plus proche (dans l'ordre) :
1. Génération Ecologie mais vous accordez plus d'importance au rôle de l'Etat dans le domaine économique et social.
2. Cap 21 (le mouvement de Corinne Lepage) mais vous accordez plus d'importance au rôle de l'Etat dans le domaine économique et social.
Le(s) parti(s) qui vien(nen)t ensuite :
3. l'UDF mais vous accordez plus d'importance au rôle de l'Etat dans le domaine économique et social.
4. le Parti Socialiste mais, en règle générale, vous accordez plus d'importance à la responsabilité personnelle des gens (ou moins d'importance au contexte dans lequel les gens évoluent).
5. les Verts mais, en règle générale, vous accordez plus d'importance à la responsabilité personnelle des gens (ou moins d'importance au contexte dans lequel les gens évoluent).
6. l'UMP (tendance centriste) mais vous ne partagez pas toujours les mêmes opinions sur les questions économiques ou sociales, ni sur l'évolution des moeurs.
7. le Mouvement Républicain et Citoyen (MRC) de Jean-Pierre Chevènement mais vous ne partagez pas toujours les mêmes opinions sur les questions économiques ou sociales, ni sur l'évolution des moeurs.[/i]

No "Teste Politique":
-2 : <0>0 aberta
-2 : <0>0 defensor do papel do mercado
Pelo gráfico enquadro-me no RPR ou RPF.

É curioso que para um europeu o teste americao tenha uma tendência tão grande para nos colocar como "Socialists". As questões pertinentes nos EUA também são algo estranhas para um português.
Os testes franceses mostraram-se muito mais certeiros na definição da orientação política, correspondendo o meu perfil a pequenos partidos franceses.

domingo, abril 2 

A Caixa de Pandora

Para quem gosta de ouvir música enquanto navega ou trabalha (e tem ligação à net, preferencialmente de banda larga) existe uma óptima solução:

A Caixa de Pandora
http://www.pandora.com
Integrada no projecto do genoma musical (que durante anos tem vindo a catalogar músicas com centenas de características: ritmos, melodias, letras, ...) permite seleccionar uma música e estar dias e dias a ouvir outras músicas de bandas diferentes, desconhecidas, conhecidas, assim-assim e sempre dentro do mesmo estilo.

A ouvir...

 

Ânsia da tolerância

Vi pela primeira vez o assunto da tolerância em "Tratado sobre a Tolerância" de Voltaire. No entanto aquilo que se trata no livro está mais distante do que é o conceito de tolerância e mais próximo da ideia "vamos ser amigos e por isso não prendam pessoas na roda para de seguida lhe baterem com barras de ferro e lhe partirem os membros". Infelizmente tolerar não é assim tão simples.
Uma definição de tolerância feita à pressa para o blog pode ser: tolerar é não agir contra algo que vemos como mau. O "algo que vemos como mau" varia de cultura para cultura, o respectivo conjunto de valores é que vai definir o que é mau e o que não é. Com esta definição a tolerância já lhe deve ter deixado de parecer uma virtude tão intransigentemente defensável como em geral é. Juntamente com a liberdade, a tolerância é um daqueles conceitos de difícil tratamento teórico e de grande ambiguidade nas questões práticas.

Pense num país ou mais que sejam marcadamente tolerantes.
Já pensou?

Talvez lhe tenha ocorrido a Holanda? Talvez a Dinamarca? Talvez um país nórdico ou o Canadá? Todos eles são casos prováveis para candidatos à imagem de países tolerantes ou países em que a tolerância entrou na esfera dos seus valores culturais. Talvez até os considere bastante "civilizados".
E de facto são tolerantes, extremamente tolerantes. Por isso são maus locais para ir caso tenha algum conjunto de valores. Lá encontraram a arrogância da tolerância, ou somos tolerantes como eles e deixamos de ter valores passando a ser uma contorcionista chinesa da moral ou então somos mal tratados ou expulsos. Não parece muito tolerante, pois não? Não há nenhum respeito pelas outras culturas, temos mais uma ditadura, a da tolerância. Não tolerar é intolerável.
Esta já era uma ideia que tinha há bastante tempo, foi reavivada pois este fim de semana vi uma notícia sobre certos videos que os emigrantes Holandeses têm de ver e que muitas vezes chocam com a sua cultura em assuntos como a homossexualidade. Tem mesmo alguma relevância pôr num filme dois homens a beijar-se? Era necessário ou não passa de uma provocação?
Há já algum tempo o assassinato de Theo van Gogh, pretenso realizador, levantou a questão da tolerância e de quão selvagens eram os muçulmanos. Confesso que ao fim de ver o filme, chamemos-lhe assim, que motivou o asssassinato até eu tive vontade de ir acabar com esse Gogh. Aquilo não passava de um insulto aos muçulmanos e a todos os tolerantes não acéfalos e com um conjunto mínimo de valores.

Dois pequenos textos onde podem encontrar informações sobre a tolerância e respectivas consequências:
http://chronicle.uchicago.edu/030109/tolerance.shtml
http://afilosofia.no.sapo.pt/tolerancia.htm

Caso tenham mais informações sobre o que se passa nos países em que a tolerância se radicalizou podem partilhá-la aqui.