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domingo, abril 22 

Crónica de Uma Morte Anunciada

Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos berros e aos pinotes —
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas.

Que meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
Eu quero por força ir de burro...

Poema FIM de Mário de Sá Carneiro, Paris, 1916

Porque é mais importante ler quem sabe escrever e ouvir quem sabe falar... A todos muito obrigado...

Descansa em paz. Velho amigo.

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