O jornal e os jornalistas
Ao ler o Público de hoje deparei-me com um interessante artigo sobre a questão dos cartoons. Claro que não foi o disparate do José Manuel Fernandes (JMF) e felizmente o Vasco Pulido Valente (VPV) não escreve à segunda feira (resta saber como é que permitiram que ele chegasse a escrever no jornal). O senhor Mário Pinto (MP) escreveu um artigo que no fundo mostra o óbvio, não alimenta polémicas, simplesmente constata.
Reparem nas diferenças:
(MP) - "(...) Às vezes, parece que queremos resolver os problemas internacionais e de civilização, sim, mas absolutamente à nossa maneira e segundo a nossa opinião. Se é assim poderá ser mais uma forma do velho instinto imperialista do ocidente (...)"
(JMF) - "(...) Ora, por mais voltas que demos ao assunto é difícil fugir ao essencial: a "guerra" dos cartoons (...) foi orquestrada por todos os que, no mundo islâmico, mesmo sem serem islamistas, recusam uns a modernidade, outros a democracia, a maioria ambas."
(MP) "(...) a setença da sabedoria popular (...): "há coisas com que não se brinca"."
(MP) "(...)Vêm agora ilustres cartoonistas dizer que se pode bricar com tudo e todos. A tese é de tal modo absurda que me dispenso de a criticar."
(JMF citando VPV) "O pior perigo está em ceder a liberdade intelectual e política, que é a nossa essência, para conciliar o inconciliável"
(MP) "E o que decide? É a nossa racionalidade conceptual ou o nosso interesse? Não. Será o discernimento tópico entre pessoas e comunidades. Como se chega lá? Talvez... pelo bom senso - Sarmago dixit. E bom senso pede dúvida: "to be, or not to be". E exclui o decreto do absolutismo: "to be or not to be"
(JMF) "Por isso, por brutal que tal pareça, não basta neste momento dizer que se consideram soluções militares, é preciso começar a prepará-las."
Foi muito agradável ler Mário Pinto, descobri que ainda há algumas pessoas da tal mítica cultura ocidental e que até conseguem escrever nos jornais. Infelizmente a maior parte dos artigos parecem redigidos por representantes oficiais dos Talibans, prontos a atacar a estátua do buda que se seguir. Para não termos o mesmo destino dos romanos invadidos por bárbaros, como remata o editorial de hoje.
Obrigado, Mário Pinto. Obrigado por mostrar a imbecilidade reinante e a inconsistência com os valores do ocidente nas opiniões de pulgas que pululam nas folhas de jornal, camufladas nas folhas encardidas pelo tipógrafo.
Reparem nas diferenças:
(MP) - "(...) Às vezes, parece que queremos resolver os problemas internacionais e de civilização, sim, mas absolutamente à nossa maneira e segundo a nossa opinião. Se é assim poderá ser mais uma forma do velho instinto imperialista do ocidente (...)"
(JMF) - "(...) Ora, por mais voltas que demos ao assunto é difícil fugir ao essencial: a "guerra" dos cartoons (...) foi orquestrada por todos os que, no mundo islâmico, mesmo sem serem islamistas, recusam uns a modernidade, outros a democracia, a maioria ambas."
(MP) "(...) a setença da sabedoria popular (...): "há coisas com que não se brinca"."
(MP) "(...)Vêm agora ilustres cartoonistas dizer que se pode bricar com tudo e todos. A tese é de tal modo absurda que me dispenso de a criticar."
(JMF citando VPV) "O pior perigo está em ceder a liberdade intelectual e política, que é a nossa essência, para conciliar o inconciliável"
(MP) "E o que decide? É a nossa racionalidade conceptual ou o nosso interesse? Não. Será o discernimento tópico entre pessoas e comunidades. Como se chega lá? Talvez... pelo bom senso - Sarmago dixit. E bom senso pede dúvida: "to be, or not to be". E exclui o decreto do absolutismo: "to be or not to be"
(JMF) "Por isso, por brutal que tal pareça, não basta neste momento dizer que se consideram soluções militares, é preciso começar a prepará-las."
Foi muito agradável ler Mário Pinto, descobri que ainda há algumas pessoas da tal mítica cultura ocidental e que até conseguem escrever nos jornais. Infelizmente a maior parte dos artigos parecem redigidos por representantes oficiais dos Talibans, prontos a atacar a estátua do buda que se seguir. Para não termos o mesmo destino dos romanos invadidos por bárbaros, como remata o editorial de hoje.
Obrigado, Mário Pinto. Obrigado por mostrar a imbecilidade reinante e a inconsistência com os valores do ocidente nas opiniões de pulgas que pululam nas folhas de jornal, camufladas nas folhas encardidas pelo tipógrafo.
É lá...Tres posts numa semana.. Andas inspirado. Assim que tiver tempo espero le-los e rematar uma resposta decente, até lá vou me afogando nas páginas da história da europa contemporânea e da economia Europeia. Ando numa onda muito europaista...à pois ando...
Posted by usual_suspect | 13/2/06 18:07
Nada como os exames para despertar um desejo absurdo de escrever.
Posted by razio | 13/2/06 18:28